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Mensagens destes dois Espíritos trabalham na Seara do Senhor Jesus.

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Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.

Allan Kardec

 EVITANDO A TENTAÇÃO


“Vigiai e orai para não entrardes em tentação”. JESUS
(MARCOS, 14:38.)


Vigiar não quer dizer apenas guardar. Significa também precaver-se e cuidar. E quem diz cuidar, afirma igualmente trabalhar e defender-se.
Orar, a seu turno, não exprime somente adorar e aquietar-se, mas, acima de tudo, comungar com o Poder Divino, que é crescimento incessante para a luz, e com o Divino Amor, que é serviço infatigável no bem.
Tudo o que repousa em excesso é relegado pela Natureza à inutilidade.
O tesouro escondido transforma-se em cadeia de usura.
A água estagnada cria larvas de insetos patogênicos.
Não te admitas na atitude de vigilância e oração, fugindo à luta com que a Terra te desafia.
Inteligência parada e mãos paradas impõem paralisia ao coração que, da inércia, cai na cegueira.
Vibra com a vida que escoa, sublime, ao redor de ti, e trabalha infatigavelmente, dilatando
as fronteiras do bem, aprendendo e ajudando aos outros em teu próprio favor.
Essa é a mais alta fórmula de vigiar e orar para não cairmos em tentação.

Emmanuel | Chico Xavier

Acordar e erguer-se “Desperta, tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos
e o Cristo te iluminará.” – Paulo. (Efésios, 5:14.)


Há milhares de companheiros nossos que dormem,
indefinidamente, enquanto se alonga debalde para eles
o glorioso dia de experiência sobre a Terra. Percebem vagamente a produção
incessante da Natureza, mas não se recordam da obrigação de algo fazer em
benefício do progresso coletivo.

Diante da árvore que se cobre de frutos ou da abelha que tece o favo de mel, não se lembram do comezinho dever de contribuir para a prosperidade comum.

De maneira geral, assemelham-se a mortos preciosamente adornados.

Chega, porém, um dia em que acordam e começam a louvar o Senhor, em êxtase

admirável. Isso, no entanto, é insuficiente.
Há muitos irmãos de olhos abertos, guardando, porém, a alma na posição horizontal da ociosidade. É preciso que os corações despertos se ergam para a vida, se levantem para trabalhar na sementeira e na seara do bem, a fim de que o Mestre os ilumine. Esforcemo-nos por alertar os nossos companheiros
adormecidos, mas não olvidemos a necessidade de auxiliá-los no soerguimento.

Emmanuel | Chico Xavier

NA LIÇÃO DE JESUS 
Emmanuel/Chico Xavier


Em matéria de oração, não olvides o ensinamento do Cristo em seu
divino intercâmbio com o Amor Ilimitado de Deus.
Na linha de todos os Seus propósitos, há sempre o bem dos outros, com a bênção imediata do Céu, notando-se que o bem dele próprio estava sempre aparentemente esquecido.

Começa na Manjedoura, com extensas possibilidades de anunciar a própria vinda, através da Estrela Soberana que desperta reis e pastores para o fulgor de Sua presença, mas não consegue tocar os corações humanos que O relegam à intempérie na estrebaria.

Alcança sucesso espetacular na cura de leprosos e obsedados, cegos e paralíticos que se sentem restituídos à bênção da luz e do movimento, da esperança e do equilíbrio, contudo, não modifica o pensamento suspeitoso dos grandes sacerdotes do Seu tempo, com respeito a Si próprio.

Levanta Lázaro do túmulo de lodo para a alegria de Betânia, todavia, não soergue Judas do sepulcro de ilusão, em que Se lhe compromete o apostolado divino.

Plasma a admiração e a amizade no espírito de um Arimatéia, que O segue de longe, no entanto, não pode evitar a fraqueza de Simão que O acompanha de perto.


Retira dos ombros de Seus contemporâneos o madeiro arrasador da loucura e da negação, da enfermidade e da morte, entretanto, não logra escapar ao martírio da cruz, em que Se confia ao sacrifício supremo.

Não te desmandes na exigência indiscriminada, quando te colocares em prece.
Apresenta-te ao Criador, tal qual és, na certeza de que a Sua Infinita Sabedoria nos conhece as necessidades, ao passo que nunca sabemos, em verdade, qual seja a substância real de nossos desejos.

Atendamos ao bem dos outros e Deus proverá nosso próprio bem.

Foi talvez por isso mesmo que o Cristo, ensinando-nos a orar, em abordando o problema de nossas aspirações, declarou, resoluto, diante do Pai Altíssimo:
- “Faça-se a vossa vontade, assim na Terra como no Céu.”

-Princípios Redentores

 

Não se esqueça de que Deus é o tema central de nossos destinos.

Deseje o bem dos outros, tanto quanto deseja o próprio bem.

Concorde imediatamente com os adversários.

Respeite a opinião dos vizinhos.

Evite contendas desagradáveis.

Empreste sem aguardar restituição.

Dê seu concurso às boas obras, com alegria.

 

Não se preocupe com os caluniadores. Agradeça ao inimigo pelo valor que ele lhe atribui.

Ajude as crianças.

Não desampare os velhos e doentes.

Pense em você, por último, em qualquer jogo de benefícios.

Desculpe sinceramente.

Não critique a ninguém.

 

Repare seus defeitos, antes de corrigir os alheios.

Use a fé e a prudência. Aprenda a semear, preparando boa ceifa. Não peça uvas ao espinheiro.

Liberte-se do peso de excessivas convenções.

Cultive a simplicidade.

Fale o menos possível, relativamente a você e a seus problemas.

Estimule as qualidades nobres dos companheiros.

Trabalhe no bem de todos.

 

Valorize o tempo.

Metodize o trabalho, sabendo que cada dia tem as suas obrigações.

Não se aflija.

Sirva a toda gente sem prender-se.

Seja alegre, justo e agradecido.

Jamais imponha seus pontos de vista.

Lembre-se de que o mundo não foi feito apenas para você.

*

As ciências sociais de hoje apresentam semelhantes princípios como novidades.

No entanto, são antigos. Chegaram à Terra, com o Cristo, há quase vinte séculos.

Nós outros, porém, espíritos atrasados no entendimento, somos ainda tardios na aplicação.

[André Luiz]

Texto muito importante e tão atual. Mas foi escrito em 1956.

Com Jesus e por Jesus

 

Na introdução de “O Livro dos Espíritos”, recolhemos de Allan Kardec esta afirmação expressiva:

“As comunicações entre o mundo espiritual e o mundo corpóreo estão na ordem natural das coisas e não constituem fato sobrenatural, tanto que de tais comunicações se acham vestígios entre todos os povos e em todas as épocas.

Hoje se generalizaram e tornaram patentes a todos.”

 

No item 8º das páginas de conclusão do mesmo livro, o Codificador assevera com segurança:

“Jesus veio mostrar aos homens o caminho do verdadeiro bem. Por que, tendo-o enviado para fazer lembrar sua lei que estava esquecida, não havia Deus de enviar hoje os Espíritos, a fim de a lembrarem novamente aos homens, e com maior precisão, quando eles a olvidam para tudo sacrificar ao orgulho e à cobiça?”

E sabemos que, de permeio, o grande livro que lançou os fundamentos do Espiritismo trata, dentre valiosos assuntos, das leis de adoração, trabalho, sociedade, progresso, igualdade, liberdade, justiça, amor, caridade e perfeição moral, bem como das esperanças e das consolações.

 

Reportamo-nos a tais referências para recordar que o fenômeno espírita sempre esteve presente no mundo, em todos os lances evolutivos da Humanidade, e que Allan Kardec, desde o início do ministério a que se consagrou, imprimiu à sua obra o cariz religioso de que não podia ela

ausentar-se, tendo até acentuado que o Espiritismo é forte porque assenta sobre os fundamentos mesmos da Religião:

Deus, a alma, as penas e as recompensas futuras.

 

Aceitamos, perfeitamente, as bases científicas e filosóficas em que repousa a Doutrina Espírita, as quais nos ensejam adquirir a “fé raciocinada capaz de encarar a razão face a face”, contudo, sobre semelhantes alicerces, vemo-la, ainda e sempre, em sua condição de Cristianismo restaurado, aperfeiçoando almas e renovando a vida na Terra, para a vitória do Infinito Bem, sob a

égide do Cristo, nosso Divino Mestre e Senhor.​

 

O apóstolo da Codificação não desconhecia o elevado mandato relativamente aos princípios que compilava e, por isso mesmo, desde a primeira hora, preocupou- se com os impositivos morais de que a Nova Revelação se reveste, tendo salientado que as consequências do Espiritismo se resumem em melhorar o homem e, por conseguinte, torná-lo menos infeliz, pela prática da mais

pura moral evangélica.

 

Sabemos que a retorta não sublima o caráter e que a discussão filosófica nada tem que ver com caridade e justiça. Com todo o nosso respeito, pois, pela filosofia que indaga e pela ciência que esclarece, reconheceremos sempre no Espiritismo o Evangelho do Senhor, redivivo e atuante, para instalar com Jesus a Religião Cósmica do Amor Universal e da Divina Sabedoria

sobre a Terra.

 

Espíritos desencarnados aos milhões e em todos os graus de inteligência enxameiam o mundo, requisitando, tanto quanto os encarnados, o concurso da educação.

 

Não podemos, por isso, acompanhar os que fazem de nossa Redentora Doutrina mera tribuna discutidora ou simples caçada a demonstrações de sobrevivência, apenas para a realização de torneios literários ou para longos cavacos de gabinete e anedotas de salão, sem qualquer

consequência espiritual para o caminho que lhes é próprio.

 

Estudemos, assim, as lições do Divino Mestre e aprendamo-las na prática de cada dia.

A morte a todos nos reunirá para a compreensão da verdadeira vida...

E, sabendo que a justiça definir-nos-á segundo as nossas obras, abracemos a Codificação Kardequiana, prosseguindo para frente, com Jesus e por Jesus.

 

​EMMANUEL

Pedro Leopoldo, 11 de fevereiro de 1956.

Francisco Cândido Xavier - Fonte Viva - pelo Espírito Emmanuel

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